Quem sou eu

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Quem sou eu? Ainda não sei. Tô tentando descobrir. SE descobrir, aviso.

terça-feira, 5 de julho de 2011

um presente enviado pelo filho número 2

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesma. Eu me tornei minha própria amiga. Eu não me censuro por comer um biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão“avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo de chorar por um amor perdido... Eu vou. Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser apesar dos olhares penalizados dos outros no Jet set. Eles também irão envelhecer.
Eu sei que, às vezes, eu sou esquecida. Mas há coisas na vida que devem ser esquecidas.Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi partido. Como seu coração poderia não partir quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando se perde um animal de estimação amado? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado, estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos embranquecerem.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errada.
Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velha. Isso me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto estiver aqui, não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
AUTORIA DESCONHECIDA

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A meditação, por OSHO


A revolução interior traz liberdade, e a única maneira de alcançá-la é pela meditação. Meditar significa aprender a esquecer tudo que aprendemos. É um processo de des-condicionamento, de des-hipnose.

A sociedade nos sobrecarrega com milhares de pensamentos. A meditação nos  ajuda a sair desse mundo de pensamentos, e nos leva para um estado de silêncio. É um processo que limpa completamente nossa lousa, é um esvaziamento de tudo que fomos forçados a acumular dentro de nós.

Uma vez nesse vazio espaçoso, silencioso e limpo, a revolução acontece, o sol nasce; e  vamos viver na sua luz! E viver na luz do nosso sol interior é viver corretamente. É a única maneira de viver. Porque quem não usufrui dela não está vivendo de verdade, está apenas morrendo lentamente, esperando chegar a sua vez numa fila que fica menor a cada dia.

Esse cotidiano que chamamos de vida é apenas um processo de morte gradual. No momento em que nos tornamos silenciosos, cônscios de nós mesmos, nosso céu interior se enche de deleite,  e aí vamos conhecer o que é a verdadeira vida. Podemos chamar isso de Deus, podemos chamar isso de iluminação, podemos chamar isso de liberação; a experiência da verdade, amor, liberdade, alegria; nomes diferentes para um mesmo fenômeno.
A meditação é um modo de nos fixarmos em nós mesmos, no mais profundo centro de nosso ser. E uma vez que encontramos o centro de sua existência, ganhamos ao mesmo tempo raízes e asas.

As raízes estão na nossa existência terrena, e vão nos tornar seres humanos mais integrados nela, indivíduos mais centrados. E as asas estão na fragrância que é liberada por estarmos em contato com nossa existência verdadeira. Essa fragrância consiste de liberdade, amor, compaixão, autenticidade, sinceridade,  senso de humor, e um tremendo sentimento de alegria.

As raízes nos individualizam e as asas nos dão a liberdade do amor para sermos criativos, para compartilharmos incondicionalmente a alegria que encontramos. As raízes e as asas chegam juntas. Elas são os dois lados da experiência que é achar o centro de nosso ser.

Estamos continuamente nos movendo em círculos cada vez mais largos, sempre mais distantes do núcleo do nosso próprio ser, sempre direcionados para os outros. Quando nos desapegamos disso tudo, dos objetos, das pessoas, quando fechamos nossos olhos para tudo que não é  nossa natureza, quando até mesmo nossa mente e as batidas de nosso coração deixam de ser sentidas, apenas o silêncio permanece.

Nesse silêncio, lentamente nos assentamos no centro do nosso ser e aí nossas raízes e asas crescerão por si mesmas . Estaremos em casa.  É quando nossa existência se torna uma benção.