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Quem sou eu? Ainda não sei. Tô tentando descobrir. SE descobrir, aviso.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A meditação, por OSHO


A revolução interior traz liberdade, e a única maneira de alcançá-la é pela meditação. Meditar significa aprender a esquecer tudo que aprendemos. É um processo de des-condicionamento, de des-hipnose.

A sociedade nos sobrecarrega com milhares de pensamentos. A meditação nos  ajuda a sair desse mundo de pensamentos, e nos leva para um estado de silêncio. É um processo que limpa completamente nossa lousa, é um esvaziamento de tudo que fomos forçados a acumular dentro de nós.

Uma vez nesse vazio espaçoso, silencioso e limpo, a revolução acontece, o sol nasce; e  vamos viver na sua luz! E viver na luz do nosso sol interior é viver corretamente. É a única maneira de viver. Porque quem não usufrui dela não está vivendo de verdade, está apenas morrendo lentamente, esperando chegar a sua vez numa fila que fica menor a cada dia.

Esse cotidiano que chamamos de vida é apenas um processo de morte gradual. No momento em que nos tornamos silenciosos, cônscios de nós mesmos, nosso céu interior se enche de deleite,  e aí vamos conhecer o que é a verdadeira vida. Podemos chamar isso de Deus, podemos chamar isso de iluminação, podemos chamar isso de liberação; a experiência da verdade, amor, liberdade, alegria; nomes diferentes para um mesmo fenômeno.
A meditação é um modo de nos fixarmos em nós mesmos, no mais profundo centro de nosso ser. E uma vez que encontramos o centro de sua existência, ganhamos ao mesmo tempo raízes e asas.

As raízes estão na nossa existência terrena, e vão nos tornar seres humanos mais integrados nela, indivíduos mais centrados. E as asas estão na fragrância que é liberada por estarmos em contato com nossa existência verdadeira. Essa fragrância consiste de liberdade, amor, compaixão, autenticidade, sinceridade,  senso de humor, e um tremendo sentimento de alegria.

As raízes nos individualizam e as asas nos dão a liberdade do amor para sermos criativos, para compartilharmos incondicionalmente a alegria que encontramos. As raízes e as asas chegam juntas. Elas são os dois lados da experiência que é achar o centro de nosso ser.

Estamos continuamente nos movendo em círculos cada vez mais largos, sempre mais distantes do núcleo do nosso próprio ser, sempre direcionados para os outros. Quando nos desapegamos disso tudo, dos objetos, das pessoas, quando fechamos nossos olhos para tudo que não é  nossa natureza, quando até mesmo nossa mente e as batidas de nosso coração deixam de ser sentidas, apenas o silêncio permanece.

Nesse silêncio, lentamente nos assentamos no centro do nosso ser e aí nossas raízes e asas crescerão por si mesmas . Estaremos em casa.  É quando nossa existência se torna uma benção.